Os melhores livros de 2017

02/01/2018

Melhores livros de 2017

Ao fim de 2017, sites, revistas e jornais elencaram os livros de destaque do ano. Com poesia, ficção, não-ficção, quadrinhos e literatura infantil, a Companhia das Letras teve diversos livros de seu catálogo inclusos nessas listas. Que tal aproveitar para se atualizarn as novidades e preparar sua lista de leituras para 2018?

"A mãe de todas as perguntas", Rebecca Solnit

Em A mãe de todas as perguntas, livro citado pelo Estado de São Paulo como um dos melhores de 2017, a escritora explora as diferentes facetas de ser mulher na sociedade. Solnit, que é autora do famoso ensaio que deu origem ao termo "mainsplaining", traz a temática de gênero por diversas óticas e atinge tanto quem já tem contato com a área quanto aqueles que querem saber mais sobre igualdade e violência na sociedade 

"Da poesia", Hilda Hist

A poesia de Hilda - que ganha forma em cantigas, baladas, sonetos e poemas de verso livre - explora a morte, a solidão, o amor erótico, a loucura e o misticismo. Da poesia, que reúne mais de 20 títulos, além de seções com outros autores, foi citado pelo Suplemento de Pernambuco como uma das melhores leituras do ano. Além disso, a autora será a homenageada da Flip 2018, mais um motivo para incluí-la em sua lista.

"Noite dentro da noite", Joca Reiners Terron

Escolhido pela Folha de São Paulo, pelo El País e pela Versar como uma das melhores leituras de 2017, Noite dentro da noite conta a história de um garoto que bate a cabeça e entra em coma. Ele desperta sem saber ao certo quem é, e, conforme suas memórias vão se dissolvendo, tem início o que vem a ser conhecido na família como O Ano do Grande Branco. 

"Zero K", Don DeLillo

Zero K foi citado pela Folha de São Paulo em sua lista anual de leituras em destaque. Um romance que explora as noçoes de imortalidade: enxergando mais longe do que qualquer outro escritor, Don DeLillo parte de uma realidade ainda incipiente — as técnicas de criogenia que prometem nada menos do que a superação da morte — para arquitetar uma narrativa surpreendente, com ares de ficção científica, sobre os mistérios da vida e da morte.

"Lima Barreto - Triste Visionário", Lilia Moritz Schwarcz 

Citada por diversos veículos de comunicação, incluindo o El País e o Estado de São Paulo, a biografia de Lima Barreto é um trabalho completo de pesquisa e contextualização do trabalho do escritor.  Escritor militante, como ele mesmo se definia, Lima Barreto professou ideias políticas e sociais à frente de seu tempo, com críticas contundentes ao racismo (que sentiu na própria pele) e outras mazelas crônicas da sociedade brasileira. 

"Anjo Noturno", Sérgio Sant'Anna

As nove narrativas reunidas em Anjo noturno, um dos principais escritores brasileiros da atualidade explora num gênero híbrido — que abrange contos, memórias e novelas — temas a um só tempo díspares e intrincados, como morte e vida, infância e velhice, paixão carnal e amor fraternal. A obra foi citada nas listas do Estado de São Paulo e do Suplemento de Pernambuco.

"Borges Babilônico", Jorge Schwartz

Escolhido pelo Estado de São Paulo como uma das melhores leituras de 2017, Borges babilônico é um glossário que leva o leitor a inventar novos caminhos e sentidos para a obra de um dos escritores-chave do século XX. Sob a coordenação de Jorge Schwartz e Maria Carolina de Araújo, dezenas de especialistas brasileiros e estrangeiros produziram mais de mil verbetes, compondo uma espécie de enciclopédia que ajuda a decifrar nomes, referências, temas e citações que aparecem nos textos de Jorge Luis Borges.

"Aqui", Richard McGuire

O Estado de São Paulo e o Suplemento de Pernambuco citam esse quadrinho como um destaque de 2017. Aqui conta a história de um canto de uma casa, e o que aconteceu ali durante centenas de milhares de anos. Aguardada há quase três décadas, trata-se da versão final de uma ideia que McGuire publicou numa revista independente nos anos 1980.

"Como falar com garotas em festas", Fábio Moon e Gabriel Bá (história de Neil Gaiman)

Do premiado Neil Gaiman, autor de Deuses americanos e Sandman, e adaptado e ilustrado de maneira extraordinária pelos irmãos Gabriel Bá e Fábio Moon, Como falar com garotas em festas é uma graphic novel eletrizante, uma jornada sobre as descobertas do amor, das diferenças e dos mistérios que cercam o amadurecimento. O quadrinho foi incluído na lista de melhores do ano do Estado de São Paulo.

"Mensur", Rafael Coutinho

Também citado pelo Estado de São Paulo, Rafel Coutinho está de volta. Em Mensur, Coutinho conta a história do Gringo, um andarilho que percorre cidades brasileiras em busca de bicos e trabalhos manuais. Todavia, o Gringo é também um dos últimos praticantes do mensur, uma luta de espadas surgida na Alemanha do século XV entre estudantes universitários. Enquanto lida com seus próprios fantasmas e obsessões, um caso amoroso pode colocá-lo em conflito com seu passado e com segredos que jamais deveriam vir à tona. 

"Dobras", Andrés Sandoval

O Era Outra Vez cita Dobras como um dos destaques dos livros infantis de 2017. No livro, a cada dobra feita pelo leitor, um novo mundo de formas e cores vai se formar. As possibilidades são infinitas - e o que se aprende com este livro-jogo também.

"A Glória e seu cortejo de horrores", Fernanda Torres

O jornal O Globo escolheu o segundo romance de Fernanda Torres como uma das melhores leituras de 2017. A história acompanha as desventuras de Mario Cardoso, um ator de meia-idade, desde os dias de sucesso como astro de telenovela até o total declínio quando decide encenar uma versão de Rei Lear — e as coisas não saem exatamente como esperava. 

"Na minha pele", Lázaro Ramos

Movido pelo desejo de viver num mundo em que a pluralidade cultural, racial, étnica e social seja vista como um valor positivo, e não uma ameaça, Lázaro Ramos divide com o leitor suas reflexões sobre temas como ações afirmativas, gênero, família, empoderamento, afetividade e discriminação. Na minha pele foi escolhido como destaque pelo jornal O Globo e pela Superinteressante.

"Uma história do samba", Lira Neto

Lira Neto se lançou ao desafio de contar a história do samba urbano. Em sua nova empreitada (de fôlego!), o escritor cearense pretende retraçar, com sua verve narrativa singular, o percurso completo desse ritmo sincopado que é um dos sinônimos da brasilidade. Uma hist[oria do samba foi escolha do El País em 2017.

"Prisioneiras", Dráuzio Varella

A Superinteressante escolheu a nova obra de Dráuzio Varella para sua lista anual. Alçando as mulheres encarceradas a protagonistas, o médico rememora os últimos onze anos de atendimento na Penitenciária Feminina da Capital, que abriga mais de duas mil detentas. São histórias de mulheres que não raro entram para o crime por conta de seus parceiros - inclusive tentando levar drogas aos companheiros nas penitenciárias masculinas em dias de visita -, mas que são esquecidas quando estão atrás das grades. 

"Manual da faxineira", Lucia Berlin

Um dos destaques de 2017, Manual da faxineira foi a aposta da Revista Versar e do Suplemento de Pernambuco dos melhores do ano. Lucia Berlin teve uma vida repleta de eventos e reviravoltas. Aos 32 anos, já havia vivido em diversas cidades e países, passado por três casamentos e trabalhado como professora, telefonista, faxineira e enfermeira para sustentar os quatro filhos. Lutou contra o alcoolismo por anos antes de superar o vício e tornou-se uma aclamada professora universitária em seus últimos anos de vida. Desse vasto repertório pessoal, Berlin tira inspiração para escrever os contos que a consagraram como uma mestre do gênero.

"No seu pescoço", Chimamanda Ngozi Adichie

O livro de contos da consagrada autora de Americanah e Hibisco Roxo foi um dos destaques do Suplemento de Pernambuco. No seu pescoço contém todos os elementos que fazem de Adichie uma das principais escritoras contemporâneas. Nos doze contos que compõem o volume, encontramos a sensibilidade da autora voltada para a temática da imigração, da desigualdade racial, dos conflitos religiosos e das relações familiares.

"A noite da espera", Milton Hatoum

Nove anos após a publicação de Órfãos do Eldorado, Milton Hatoum retorna à forma da narrativa longa em uma série de três volumes na qual o drama familiar se entrelaça à história da ditadura militar para dar à luz um poderoso romance de formação. A noite de espera foi escolha do Suplemento de Pernambuco em 2017.

"Uma forma de saudade", Carlos Drummond de Andrade

Trinta anos após a morte de Carlos Drummond de Andrade, as páginas arrancadas de seu diário e guardadas por sua filha Maria Julieta num envelope com a inscrição “Diário de papai/ Família e amigos” compõem Uma forma de saudade. O site Hiperliteratura escolheu a coletânea como um dos favoritos de 2017.

Fontes:

Folha de São Paulo

Estado de São Paulo

Estado de São Paulo

Era Outra Vez

O Globo

El País

Superinteressante

Suplemento de Pernambuco

Hiperliteratura

Revista Versar

 

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