Pergunte ao Editor: relacionamento entre publishers no Brasil

11/01/2017

Em dezembro de 2016, convidamos nossos leitores a deixarem suas dúvidas sobre o mercado editorial aqui no blog. Hoje, Luiz Schwarcz fala sobre a sua relação com outros publishers brasileiros.

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Ramiro Ribeiro: Luiz, qual sua relação com outros publishers brasileiros, ao longo da sua carreira, desde seu contato com Caio Graco até atualmente? Há troca de informações/reflexões sobre o mercado?

Caro Ramiro, obrigado pela sua pergunta. Além da relação com o Caio Graco, eu tinha muito contato com os colegas editores no início da minha carreira. Entre eles, conheci e me relacionei com Alfredo Machado, Sérgio Lacerda, Valdir Martins Fontes, Pedro Paulo de Senna Madureira, Diaulas Riedel e, principalmente, Jorge Zahar, que conheci em um jantar memorável em Frankfurt. Fui a ele apresentado pelo próprio Caio e ganhei um segundo pai e o meu melhor amigo de todos os tempos, mas com quem convivi apenas dez anos, pois ele faleceu precocemente. Foram dez anos intensos, porém, de conversas telefônicas diárias. 

Criei um bom contato também com Roberto Feith, em primeiro lugar, que sempre admirei pela retidão de conduta, com Paulo Rocco e Sérgio Machado. Este último, infelizmente, se voltou contra a Flip e contra mim, indiretamente. Acho uma grande pena. Tínhamos relação de coleguismo e respeito mútuo. Hoje tenho relações cordiais e amistosas com Marcos e Tomás Pereira, Jorge Oakim, Jorge Carneiro, Pascoal Soto, Cassiano Elek Machado, Martha Ribas, entre outros, mas o contato não é tão próximo. O culpado sou eu que participo pouco das entidades de classe, sendo representado pelo Sérgio Windholz, que foi sócio da Companhia e hoje é o diretor financeiro e administrativo. Não há inimizade nem animosidade entre os colegas, que disputam livros, em geral, com dignidade. 

Minha relação mais próxima é e sempre será com os editores da Zahar, a Cristina e a Mariana, que são como irmãs para mim. Mencionei alguns nomes, não todos, apenas para tentar responder à sua pergunta da maneira mais completa. Pode ter faltado alguém, a quem antecipadamente peço desculpas. 

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Luiz Schwarcz é editor da Companhia das Letras e autor de Linguagem de sinais, entre outros. 

 

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