Semana trezentos e setenta e nove

09/03/2018

 

 Companhia das Letras

 A paixão de madeiselle S., organização de Jean - Yves Berthault (tradução de Rosa Freire D'Aguiar)

Parece mentira, mas não é: enquanto ajudava uma amiga a esvaziar o sótão de uma casa, o diplomata francês Jean-Yves Berthault descobriu por acaso uma antiga sacola de couro com iniciais gravadas em prateado. Dentro dela, cartas de amor, escritas pela mesma pessoa, “numa linguagem mais que ousada, inacreditável em matéria de audácia erótica”. 
Datada dos anos 1920, essa correspondência, assinada por uma misteriosa Simone, está dirigida a seu amante Charles, um homem mais jovem e casado. Nela, a autora, uma parisiense de classe alta, expressa seus desejos e fantasias enquanto adentra um universo de prazer físico que, conforme rompe tabus, toma rumos inesperados. 
Escrito em uma linguagem tão elegante quanto explícita, este tesouro epistolar é uma jornada de despertar sexual e exploração psicológica no qual uma mulher corajosa desafia as fronteiras que a sociedade impunha a seu sexo e classe para encontrar a liberdade e, em última instância, a si própria. 

Racismosde Francisco Bethencourt (tradução de Luís Oliveira Santos e João Quina Edições)

Revolucionário em seu escopo cronológico e espacial, este livro traz a primeira análise histórica abrangente e compreensível do racismo — um fenômeno relacional, que sofre alterações com o tempo e não pode ser compreendido em sua totalidade através de estudos segmentados de breves períodos, de regiões específicas ou de vítimas recorrentes.

Nesta obra de fôlego, o renomado historiador Francisco Bethencourt mostra as formas de racismo que precederam as teorias de raça, observando-as no contexto de hierarquias sociais e condições locais. O argumento é de que a prática discriminatória, em suas várias modalidades e aspectos, foi sempre provocada por projetos políticos de monopolização de recursos.
O foco de Racismos é o mundo ocidental, mas o autor também propõe comparações com tipos de segregação presentes em outras regiões do mundo. Ao provar que não há uma tradição constante de racismo, Bethencourt amplia nossa compreensão das relações interétnicas e contribui para o fim da história deste preconceito.

“A sofisticada análise de Bethencourt articula habilmente história social e história cultural. Seu livro se destaca dentre tudo o que já foi escrito sobre racismo.” — David Armitage

“Talvez nunca haja consenso sobre as origens, a natureza, a cronologia e o futuro do racismo. Graças a este denso, corajoso e provocador livro de Francisco Bethencourt, as questões estão mais claras do que antes, e os debates que prosseguirão estarão muito mais bem informados.” — Felipe Fernández-Armesto, autor de 1492: O ano em que o mundo começou

 Primeiro caderno do alumno de poesiade Oswald de Andrade

Em abril de 1927, terminava-se de imprimir a tiragem de trezentos exemplares do Primeiro caderno do alumno de poesia Oswald de Andrade. Tanto pela dimensão visual — com projeto gráfico de Tarsila do Amaral e “autoilustrações do autor” — quanto pelo conteúdo revolucionário, a obra se consagraria como pioneira entre os livros de artista no universo da poesia brasileira. 
Segunda coletânea de poemas de Oswald de Andrade, precedido por Pau Brasil, este volume reitera a máxima proclamada pelo autor no “Manifesto da Poesia Pau Brasil”: aqui está o poeta, com toda ousadia e radicalidade, vendo “com olhos livres”.
Além da edição fac-similar, que reproduz o exemplar guardado na Coleção Brasiliana Itaú, do Itaú Cultural, o leitor vai encontrar neste envelope uma separata com o ensaio “Oswald, livro livre”, de Augusto de Campos, e “A infância do mau selvagem”, texto inédito de Manuel da Costa Pinto.

 

 Seguinte

 Queria que você me vissede Emery Lord (tradução de Lígia Azevedo)

Jonah Daniels vive em uma cidadezinha na Califórnia desde que nasceu. Há seis meses, com a morte de seu pai, toda a sua família teve que se adaptar: Jonah e seus cinco irmãos se tornaram responsáveis por manter a casa em ordem e cuidar do restaurante que o pai deixou. No começo do verão, porém, a vida do garoto parece prestes a seguir um novo rumo com a chegada de Vivi Alexander.

Vivi é apaixonada pela vida. Encantadora e sem papas na língua, ela se recusa a tomar um de seus remédios porque sente que ele reprime seu ímpeto de viver novas aventuras. E, ao encontrar Jonah, ela tem certeza de que está prestes a viver mais uma. Mas será que Jonah está disposto a correr os mesmos riscos que ela?


“Esta é mais que uma história de amor. Com cuidado mas sem esforço, Queria que você me visse coloca as doenças mentais em diálogo com a beleza e as dificuldades da adolescência.”
Julie Murphy, autora de Dumplin

 

 Objetiva

 Fogo e fúriade Michael Wolff (tradução de Donaldson M. Garschagen, Renata Guerra, Débora Landsberg, Cássio de Arantes Leite e Leonardo Alves)

Com extraordinário acesso aos assuntos da Casa Branca, o jornalista Michael Wolff revela os bastidores do governo de Donald Trump, o presidente americano mais controverso da história. Graças ao contato privilegiado com o primeiro escalão do governo do país mais rico do mundo, o autor pinta um quadro assustador de despreparo, desorganização, assédios, vaidades e guerra contra a mídia (acusada de fabricar as fake news), contra o Partido Democrata e até contra o conservador Partido Republicano, do próprio presidente. Com base em mais de duzentas entrevistas, Wolff apresenta com riqueza de detalhes revelações como:

• TRUMP E SEUS ASSESSORES MAIS DIRETOS NUNCA ACREDITARAM QUE GANHARIAM A ELEIÇÃO
• NINGUÉM NA EQUIPE DE DONALD TRUMP ACREDITA QUE ELE TEM CAPACIDADE PARA GOVERNAR OS EUA
• NINGUÉM ENTENDE O RELACIONAMENTO DE TRUMP COM A MULHER MELANIA 
• A FILHA IVANKA CONTA COMO DONALD TRUMP FAZ O PENTEADO PECULIAR DE SEU CABELO
• O AUTOR REVELA QUE A POLÍTICA MODERNA SE FAZ MAIS COM O CONFLITO DO QUE COM O CONSENSO
Fogo e fúria é um livro fundamental para entender o mundo da política contemporânea. 

 

 Reimpressões

 A expressão das emoções no homem e nos animaisde Charles Darwin (tradução de Leon de Souza Lobo Garcia)

 A escolhade Kiera Cass (tradução de Cristian Clemente)

 Clarissade Erico Verissimo

 Vendo vozesde Oliver Sacks (tradução de Laura Teixeira Motta)

 A profecia celestinade James Redfield (tradução de Marcos Santarrita)

 As boas mulheres da Chinade Xinran (tradução de Manoel Paulo Ferreira)

 A ideia de justiçade Amartya Sen (tradução de  Denise Bottmann e Ricardo Doninelli Mendes)

 Ensaio autobiográficode Jorge Luis Borges (tradução de Jorge Schwartz e Maria Carolina de Araújo)

 Manual da faxineirade Lucia Berlin (tradução de Sônia Moreira)

 Origemde Thomas Bernhard (tradução de Sérgio Tellaroli)

 Seara vermelhade Jorge Amado

 A árvore generosade Shel Silverstein (tradução de Fernando Sabino)

 

 

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