Semana trezentos e vinte e oito

20/01/2017

Companhia das Letras

Os meninos da rua Paulo, de Ferenc Molnár (tradução de Paulo Rónai)
Publicada em 1907, a história dos meninos que travam batalhas pela posse do “grund” da rua Paulo, um pedaço de terra cercado onde se brinca à vontade, é conhecida por leitores de todo o mundo. A luta pelo “grund” vai além da vontade de comandar o local: ali, infância e fantasia prevalecem sobre as imposições do mundo adulto. O espírito de aventura, amizade e heroísmo presente nesta obra é capaz de transpor qualquer barreira de tempo, espaço ou idade. Esta nova edição conta com, além dos textos presentes na anterior, um posfácio de Michel Laub e um glossário.

Queer, de William S. Burroughs (tradução de Christian Schwartz)
Embora tenha sido escrito em 1952, Queer só veio a público mais de três décadas depois por causa de sua explícita temática homossexual. Ambientado na Cidade do México do início dos anos 1950, o romance acompanha William Lee – alter ego de William Burroughs e protagonista dos livros Junky e Almoço nu - durante uma crise de abstinência de drogas, que ele tenta superar com álcool e com uma paixão obsessiva pelo ambíguo e indiferente Eugene Allerton. Juntos, os dois partem para a América Latina em busca da ayahuasca, a nova droga do momento. A atmosfera frenética e o ritmo alucinado marcam a narrativa e os monólogos do protagonista, antecipando o estilo visceral que estaria presente em toda a produção literária de Burroughs. Este volume ainda conta com a introdução do autor à primeira edição do livro, de 1985.
 

Paralela

O perfume da folha de chá, de Dinah Jefferies (tradução de Alexandre Boide)
Em 1925, a jovem Gwendolyn Hooper parte de navio da Escócia para se encontrar com seu marido, Laurence, no exótico Ceilão, do outro lado do mundo. Recém-casados e apaixonados, eles são a definição do casal aristocrático perfeito: a bela dama britânica e o proprietário de uma das fazendas de chás mais prósperas do império. Mas ao chegar à mansão na paradisíaca propriedade Hooper, nada é como Gwendolyn imaginava: os funcionários parecem rancorosos e calados, e os vizinhos, traiçoeiros. Seu marido, apesar de afetuoso, demonstra guardar segredos sombrios do passado e recusa-se a conversar sobre certos assuntos. Ao descobrir que está grávida, a jovem sente-se feliz pela primeira vez desde que chegou ao Ceilão. Mas, no dia de dar à luz, algo inesperado se revela. Agora, é ela quem se vê obrigada a manter em sigilo algo terrível, sob o preço de ver sua família desfeita.

 

Fontanar

Crianças dinamarquesas, de Iben Dissing Sandahl e Jessica Joelle Alexander
Por mais de quarenta anos, a população da Dinamarca tem sido eleita a mais feliz do mundo pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OECD). Os dinamarqueses também foram considerados o povo mais feliz do mundo por todas as edições do Relatório Mundialda Felicidade, publicado pelas Nações Unidas. Qual seria, então, a fórmula desse sucesso? Depois de muita pesquisa, as autoras deste livro acreditam ter desvendado o segredo. E a resposta é bastante simples: toda essa felicidade vem da forma como os dinamarqueses são criados. A filosofia dinamarquesa de como educar os filhos gera resultados poderosos: crianças felizes, emocionalmente seguras e resilientes, que se tornam também adultos felizes, emocionalmente seguros e resilientes, e que reproduzem esse estilo de criação quando têm seus próprios filhos. Que tal, então, conhecer melhor esses costumes, atitudes e posturas? O método exige prática, paciência, força de vontade e autoconsciência, mas o resultado faz o esforço valer a pena. Não se esqueça de que esse será seu legado.

 

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