10 livros de outro planeta

16/02/2018

 

Na semana passada, Elon Musk testou o Falcon Heavy, o mais potente foguete em atividade no momento - o único, além do Saturn V, capaz de levar o homem até a Lua. Mas o objetivo de empresas privadas do ramo espacial e de agências governamentais como a Nasa é muito mais ambicioso: nas próximas décadas, devemos chegar à Marte. Enquanto o planeta vermelho ainda está longe de ter uma pegada humana em sua superfície, preparamos uma lista com leituras para você aprender mais sobre a Terra, o Sistema Solar e o Universo. Confira! 

1- Os planetas, de Dava Sobel (tradução de Carlos Afonso Malferrari)

Dava Sobel é uma das mais premiadas e conceituadas autoras de divulgação científica do mundo, e frequentemente volta suas narrativas para o céu. Em Os planetas, ela faz uma viagem pelo Sistema Solar, contando histórias e curiosidades sobre os planetas, o Sol e a Lua recolhidas das mais variadas fontes, como a astronomia, a mitologia, a literatura e a cultura popular. Kepler, Galileu, Halley e outros investigadores pioneiros também são personagens deste apanhado de histórias sobre como nos relacionamos com nossos planetas e astros vizinhos, e o que descobrimos (e ainda temos que descobrir) sobre eles. 

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2 - Cosmos, de Carl Sagan (tradução de Paulo Geiger) 

Carl Sagan é sinônimo de divulgação científica. Com seus livros e a série Cosmos, transmitida originalmente em 1980, Sagan ensinou a milhões de pessoas como nosso Universo funciona, levando-nos aos lugares mais distantes com as suas narrativas. No ano passado, a Companhia das Letras lançou uma nova edição do livro, escrito simultaneamente com a produção da famosa série, uma das principais obras do autor. No livro, ele retraça 14 bilhões de anos de evolução cósmica, explorando tópicos como a origem da vida, o cérebro humano, hieróglifos egípcios, missões espaciais, a morte do Sol, a evolução das galáxias e os indivíduos que ajudaram a moldar a ciência moderna. Embora diversas descobertas fascinantes tenham ocorrido nos últimos quarenta anos em que o livro foi publicado, sua importância para a divulgação científica não diminui. Além de explicar de forma simples e clara os mecanismos mais complexos do nosso Universo, Carl Sagan também faz uma apaixonada defesa da ciência e de sua importância para aprendermos qual é o nosso lugar neste vasto mundo. 

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3- Em órbita, de Tim Peake (tradução de Alexandre Boide) 

Em órbita não é exatamente um livro de "outro planeta", mas sim um olhar diferente sobre a Terra. O astronauta britânico Tim Peake passou mais de seis meses na Estação Espacial Internacional (ISS), que orbita o planeta a 400 km de altura numa velocidade de até 27.600 km/h. Durante esse período, entre as tarefas e pesquisas da estação, ele também exercia uma outra função: a fotografia. Em órbita reúne dezenas de imagens da Terra feitas por Peake da ISS. Passando por todos os continentes terrestres, as imagens fascinam pela beleza natural do nosso planeta e também pela própria ação humana em sua superfície - passando pelos picos nevados do Himalaia e as dunas escaldantes do Saara, a noite iluminada de Dubai e o pôr do sol no oceano Pacífico, as milhares de crateras da Lua e os cinquenta tons de azul das Bahamas, a beleza tortuosa do Alasca e uma magnífica aurora austral, as pirâmides do Egito e o canal do Panamá, o rio Amazonas serpenteando pela floresta e até o contorno de Ipanema e Copacabana com a ponte Rio-Niterói cruzando a baía de Guanabara. Como o próprio Tim Peake diz: “É impossível olhar para a Terra a partir do espaço e não ficar aturdido com a beleza frágil do nosso planeta.”

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4- A música do Universo, de Janna Levin (tradução de Paulo Geiger)

Em 14 de setembro de 2015, os laboratórios do LIGO (Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory) nos EUA detectaram pela primeira vez uma onda gravitacional. A descoberta comprovou uma teoria formulada por Albert Einstein há 100 anos: a de que grandes fenômenos do espaço, como colisões entre buracos negros, gerariam ondulações na curvatura do espaço-tempo e se espalhariam pelo Universo como uma onda. Mas detectar essa onda gravitacional não foi fácil: entre projetos, experimentos, a construção de laboratórios, a busca pela verba e conflitos internos, foram mais de 50 anos de trabalhao até, finalmente, aparecer o primeiro resultado. É essa a história que a cientista e jornalista Janna Levin conta em A música do Universo. Além de explicar o que são ondas gravitacionais, buracos negros e outras questões científicas, ela mostra o que há de mais humano por trás de uma grande pesquisa. 

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5- Próxima parada: Marte, de Mary Roach (tradução de Donaldson M. Garschagen)

Quem nunca olhou para o céu e desejou ser um astronauta? Imaginamos todas as coisas maravilhosas que poderíamos ver em uma viagem pelo espaço, mas nem sempre nos lembramos que o espaço é um lugar desprovido de absolutamente tudo que precisamos para viver: gravidade, oxigênio, banhos quentes, produtos frescos, privacidade... A exploração do espaço é, de certa forma, uma exploração dos limites humanos e do que, de fato, significa ser humano. De que luxos podemos abrir mão? Por quanto tempo? O que acontece com nosso corpo se ficarmos sem andar por um ano? Nem ter relações sexuais? A jornalista Mary Roach responde tudo isso em Próxima parada: Marte, falando dos testes e simulações surpreendentemente bizarros feitos pelas agências espaciais. Com seu humor irônico e sua curiosidade insaciável, a autora nos guia em uma viagem investigativa, provando - sem margem para dúvidas - que é possível ir ao espaço sem sair da Terra. 

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6- A teoria perfeita, de Pedro G. Ferreira (tradução de Érico Assis)

Compreender a teoria da relatividade de Einstein é a chave para se compreender a origem do tempo e a evolução do universo. A relatividade geral está no centro de grande parte da investigação de Pedro G. Ferreira. Com o tempo, o autor foi percebendo que a própria história da relatividade geral é uma narrativa fascinante, quase tão complexa quanto a teoria em si mesma. E assim surgiu esta biografia, que conta a história magnífica e abrangente da relatividade geral. A teoria da relatividade ganhou vida própria e ao longo do século XX foi motivo de alegria e frustração na comunidade científica, situando-se no centro das mais importantes batalhas intelectuais. É esse percurso tão rico e cheio de descobertas e vicissitudes que Pedro G. Ferreira narra em Uma teoria perfeita.

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7- O tecido do cosmo, de Brian Greene (tradução de José Viegas Filho)

Brian Greene é um dos mais consagrados estudiosos da formação, evolução, estrutura e destino do cosmo. Em O tecido do cosmo, após familiarizar os leitores com os conceitos básicos sobre a estrutura e a evolução do universo, o jovem professor da Universidade Columbia descreve os últimos desenvolvimentos da cosmologia e as teorias mais avançadas sobre o assunto. Com linguagem clara e didática, sem recorrer a equações e fórmulas complicadas, o autor centraliza a sua análise na teoria das supercordas, na qual hoje se concentram as melhores esperanças de que cheguemos, ainda no transcurso de nossas vidas, a um entendimento verdadeiramente profundo da natureza dos componentes básicos do universo e de sua relação com o espaço e o tempo.

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8- Você está aqui, de Christopher Potter (tradução de Claudio Carina)

Como uma simples erva daninha pode ser mais complexa que uma galáxia inteira? Por que os aceleradores de partículas são instrumentos fundamentais na investigação da origem e do destino do Universo? A vida na Terra surgiu de modo espontâneo, a partir de compostos inorgânicos, ou foi transportada por cometas e meteoritos desde partes longínquas do espaço? Amalgamando física quântica, biologia e astrofísica, Christopher Potter esclarece alguns dos mistérios da ciência contemporânea de modo estimulante e inovador. A percepção do homem comum é desafiada por meio da discussão dos avanços recentes em diversos campos do conhecimento. Das quase imperceptíveis dimensões dos menores seres vivos até as distâncias incomensuráveis das mais antigas estrelas e galáxias, Potter delineia as principais forças diretoras da busca da verdade que anima, há séculos, a investigação científica. 

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9- Um céu mais perfeito, de Dava Sobel (tradução de Ana Claudia Ferrari)

Muito do que sabemos sobre o Universo, devemos à quem se arriscou a pensar de forma diferente e desafiar o que era considerado o "certo". Em 1514, Nicolau Copérnico desenvolveu o esboço de sua teoria heliocêntrica, a qual desafiava o senso comum e as crenças da época colocando o Sol, e não a Terra, no centro do Universo. Nas décadas seguintes, ele aperfeiçoou sua teoria, mas nunca a divulgou. Somente em 1543 suas ideias foram publicadas no livro As revoluções dos orbes celestes, organizado pelo matemático alemão Georg Joachim Rheticus. Em Um céu mais perfeito, Dava Sobel descreve as personalidades conflitantes e as descobertas extraordinárias que moldaram a revolução de Copérnico. Mais que isso, ela insere essas vidas no contexto do século XVI, uma época de transformações radicais em que os conflitos com as velhas formas de pensar estavam na ordem do dia. 

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10- Para explicar o mundo, de Steven Weinberg (tradução de Denise Bottmann)

Para explicar o mundo não é exatamente um livro sobre o Universo, mas sim uma história da descoberta da ciência. Nesta envolvente obra, o prêmio Nobel Steven Weinberg conduz o leitor através de séculos de grandes descobertas, da Grécia Antiga à Bagdá medieval, da Academia de Platão ao Museu de Alexandria e à Royal Society of London. Os cientistas da Antiguidade e da Idade Média não apenas desconheciam o que sabemos hoje sobre o mundo - eles não sabiam o que era preciso conhecer, ou mesmo como descobri-lo. Ao longo dos séculos, porém, na luta para resolver mistérios como o movimento dos planetas ou a alta das marés, a ciência moderna encontrou espaço para emergir. Aristóteles, Descartes, Kepler, Copérnico, Galileu e Isaac Newton são alguns dos protagonistas deste enredo armado com leveza e humor - sem a menor cerimônia, o autor faz um acerto de contas com as contribuições de cada um deles. Weinberg demonstra de forma primorosa como a emergência do moderno método científico, entendido como um modo de interrogar o mundo em busca de explicações bem fundamentadas e confiáveis, é em si uma descoberta.

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