Leituras para o Dia Mundial do Rock

13/07/2013

Dia 13 de julho é comemorado como o Dia Mundial do Rock. Estilo musical associado à juventude e rebeldia desde suas origens, em torno dos anos 1950, teve como primeiras influências o rockabilly, o blues e o country.

A polêmica é um dos principais atributos da definição de um verdadeiro rockstar. Quando Elvis Presley e os primeiros grupos de rock 'n' roll surgiram, dançando com sensualidade ao som do trio guitarra/baixo/bateria, sua música foi considerada imoral e de baixo nível cultural - porém, conquistaram de forma definitiva   multidões de jovens fãs.

O astro Bob Dylan foi um dos artistas a provocar furor por ousar com seu estilo musical: já popular no meio da música folk, chocou o público ao eletrificar seu som e trocar o violão por uma guitarra elétrica. Apesar de ser considerado "traidor" e "vendido" por seus antigos fãs, alheis a sua paixão por artistas folk que já utilizavam instrumentos elétricos, como Johnny Cash, Dylan foi aclamdo pela crítica e conquistou um público ainda maior com a mudança. No livro A balada de Bob Dylan, o biógrafo Daniel Mark Epstein esclarece a constante

reinvenção do músico com base em quatro shows cruciais em sua carreira - incluindo o de 1974 no Madison Square Garden, concerto que marcou sua transição para o rock.

Considerado por muitos o maior guitarrista de todos os tempos, Jimi Hendrix abusava de sons distorcidos e crus, incorporando até a microfonia como técnica. A variedade de inovações que apresentou à cena musical de sua época, além de peculiaridades como usar guitarras especialmente adaptadas para ele - Hendrix era    canhoto - e performances curiosas que envolviam tocar usando a língua e atear fogo a instrumentos no palco, gerou dezenas de mitos sobre a figura do músico. De pactos satânicos a influências extraterrenas, inúmeros foram os boatos criados acerca de suas inacreditáveis habilidades musicais. Mas o maior escândalo de sua carreira foi sua morte repentina, cujas circunstâncias nunca foram completamente explicadas. Sua amiga e

confidente Sharon Lawrence mostra em Jimi Hendrix: A dramática história de uma lenda do rock uma versão sensível e até então desconhecida da personalidade do astro, muito além da meteórica fama e do envolvimento com drogas.

Abuso de drogas e disputas judiciais eram as principais notícias sobre os Rolling Stones no início da década de 1970. Imersos em dívidas e correndo risco de ter seu patrimônio confiscado, os membros da banda se auto-exilaram na França para compor um novo álbum que pudesse recuperar sua carreira. No entanto, isolados em um país estrangeiro e no auge da fama, Mick Jagger e companhia renderam-se a uma rotina de festas e exageros que atrasou e atribulou em vários sentidos a produção do que mais tarde viria a ser considerado pelos fãs o melhor disco dos Rolling Stones. As loucuras e estranhezas dos bastidores de Exhile on Main St. são detalhadas pelo jornalista Robert Greenfield ex-editor da revista Rolling Stone, em Uma temporada no inferno com os Rolling Stones.

Talvez um dos mais importantes álbuns da história do rock, The Dark Side of the Moon, da banda progressiva Pink Floyd, chegou ao Guinness Book como o disco a passar mais tempo nas listas de mais

vendidos do mundo. Completando 40 anos em 2013, a obra é cercada de mistérios e lendas, que se devem tanto ao incentivo da própria banda - era costume do Pink Floyd incorporar charadas e easter eggs em suas músicas e shows - como aos truques tecnológicos usados para criar sons até então inimagináveis. Um dos mitos mais famosos sobre o disco é sua ligação com o filme O mágico de Oz: diz-se que há uma sincronia perfeita entre temas e sonoplastia, percebida quando se inicia a reprodução de ambos no momento certo.

Leitura indispensável para quem quer construir um opinião clara em meio à cortina de fumaça informativa que envolve a todos nós nas últimas duas semanas, Redes de indignação e esperança chega às livrarias na primeira quinzena de agosto.

Confira com exclusividade um teaser da obra aqui no blog da Zahar.

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