O Pequeno Príncipe em edição bolso de luxo

"Eis o meu segredo. É muito simples: só enxergamos com o coração. O essencial é invisível para os olhos."

Há quatro gerações, no mínimo, O Pequeno Príncipe é um dos livros mais lidos do mundo. Seu protagonista, o homenzinho louro, de cachecol dourado, inteligência intuitiva e perguntas impertinentes, chegou e ficou no imaginário coletivo de nosso tempo. Ele é a versão mais recente da criança eterna, arquétipo presente em vários tempos e culturas. Multifacetado, seu arco emocional é amplo; ele chora, se enfurece, tem saudade, sofre, faz amigos, enfrenta, foge, briga etc. É um pouco alma ingênua, um pouco menino perdido, santo, filósofo espontâneo, um pouco Jesus e, claro, uma representação do próprio autor.

Graças ao olhar que lança sobre as coisas, sempre curioso, sempre disposto a aprender, ele induz o leitor a repensar as ligações entre sua infância e a vida adulta, entre o sentimento e a consciência, a razão e a realidade. O universo, empobrecido pelo racionalismo, se expande ao entrar novamente em contato com sua antiga essência espiritual. A raposa, a serpente, a rosa, os planetas, os vulcões, os baobás, o poço, o bêbado e o acendedor de postes deixam de ser coisas, animais e pessoas, tornando-se algo mais, símbolos, símbolos nunca inteiramente explicados, e por isso mesmo muito fortes.

“Carta aberta aos franceses em toda parte”, propondo a mobilização geral dos franceses sob uma mesma bandeira. O apelo é desdenhado por seus compatriotas no exílio.

1943 | 6 abr: Publica O Pequeno Príncipe nos Estados Unidos, em inglês e francês, com sucesso imediato. Na França, o livro só sairá em 1946. |Mai: Reintegrado às Forças Francesas Livres após grande insistência, parte para a Argélia. | Jun: Publica, na França, Carta a um refém, prefácio que escrevera para 33 dias, de Léon Werth, e por razões desconhecidas ficara de fora da edição. | Ago: Já comandante, quebra seu avião e é suspenso pelos americanos. Em Argel, convive com artistas e escritores exilados, entre eles André Maurois.

1944: Reautorizado a voar. | Jun: Realiza diversos voos de reconhecimento sobre o sul da França. | 31 jul: Às 8h35, decola do campo de Borgo, na Córsega, para missão fotográfica na zona de Grenoble-

Annecy. Às 13h, não regressara; os chamados de rádio permaneceram sem resposta e os radares alertados o procuraram em vão. | 8 set: Declarado oficialmente morto. | 3 nov: É citado na ordem do dia da Força Aérea a título póstumo, “por suas belíssimas qualidades de audácia e destreza durante os meses de junho e julho de 1944”.

 

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