
Rádio Companhia #162 - Uma conversa sobre "Complô contra a América" e "Nêmesis", de Phillip Roth
Um homem famoso concorre à presidência dos Estados Unidos e dá uma guinada à extrema direita, flertando abertamente com o nazismo e mergulhando a nação em um medo perpétuo ao perseguir minorias e trazer o caos social. Algo nessa história parece familiar?
Estamos falando de Complô contra a América, romance de 2005 em que o escritor Philip Roth imagina os Estados Unidos governados pelo aviador antissemita Charles Lindbergh. O medo perpétuo de que nos fala Philip Roth retornou pouco tempo depois em seu último livro, Nemesis. O romance é um retorno a Newark dos anos 40, em meio a uma epidemia de poliomielite.
Neste episódio da Rádio Companhia — o podcast da Companhia das Letras —, Juliana de Albuquerque, escritora e colunista da Folha de S.Paulo, e Isadora Sinay, doutora em Literatura Judaica pela USP, refletem sobre a importância e as nuances desses dois romances que dialogam com os tempos atuais.
Saiba mais sobre Complô contra a América:
Publicado originalmente em 2004, este romance caminha na contramão da atmosfera realista que costuma cercar a obra de Philip Roth: logo no primeiro parágrafo, o leitor se dá conta de que a ação transcorre no tempo em que o aviador Charles Lindbergh — o primeiro a atravessar o Atlântico a bordo de um avião - foi presidente dos Estados Unidos. Essa época, como se sabe, nunca existiu. O aviador é um ardoroso defensor da Alemanha nazista, um homem para quem os Estados Unidos deveriam se defender da "diluição nas raças estrangeiras". A vida da família Roth — e, potencialmente, o mundo — nunca mais será como antes.
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